domingo, 10 de julho de 2011

"Amanhecerá"

Fecho os olhos pra sentir
o passo, o manifesto.
Minha dor não me comove mais.
Quanto me esforcei pra não cair,
o laço do manifesto.
Minhas pernas já não respondem mais.

Me privei de tudo, das coisas do mundo.
Por um lado me contive,
ultrapassei o imundo,
fiquei feliz,
só que a mente...ative.

Temos que passar por tanta experiência.
Um motor que impulsiona a inocência.
Temos que vencer tanta provação e
conduzir reto o coração.

Pra quê tanto querer?
Se o que quero é estar com você.
Pra quê tanto pudor?
Se o que fizemos foi por amor.

As árvores permanecerão ali,
se a ambição não for mais forte.
Retalhos, Emendas,
não reparam,
nada pára este corte.
Minha morte não tem cura.
Minha sorte, quem me jura?
E quem lê as minhas mãos,
de que adianta esforçada interpretação?
A angústia nos tira a base do chão!
Se preciso for, Ele nos dará asas.

A enxada que caleja a mão é a mesma que toca o solo.
Renova-se o espírito no sofrer.
E não sei dizer direito se a intenção era dolo.
Só você pode me dizer.

E ao final do dia, tudo acontecerá.
Pra viver o que é belo, amanhecerá.




        Madson Guimarães, 03:30h #27/03/07#

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